segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Torcendo na final

Acabou o campeonato brasileiro! Depois de 380 partidas de futebol, o Flamengo ergueu a taça de campeão brasileiro pela sexta vez, o Fluminense e o Botafogo escaparam raspando do rebaixamento e o Vasco volta com todo gás para a primeirona. Até que o ano foi bom para o Rio de Janeiro e hoje é um dia para se festejar.

Diante de tanta boa notícia, fiquei abismada com as imagens de quebra-quebra nas ruas do Leblon. Aparentemente, no meio da comemoração rubro-negra, os torcedores começaram a brigar porque… não faço a menor idéia!! Alias, duvido que alguém possa sugerir um motivo plausível para que membros da mesma torcida entrem em conflito momentos depois do seu time conquistar o campeonato nacional. Certamente haverá um vascaíno dizendo: “isso é coisa de flamenguista”. Será? Lamento perder a oportunidade de dar uma cutucada da urubuzada, mas acho que não é nada exclusivo do Flamengo.

Um pouco mais compreensível, porém longe de justificável, foi a atitude dos torcedores do Curitiba que, diante do rebaixamento, agrediram juízes, jogadores, policiais e ainda depredaram o próprio estádio. Sei que é horrível perder, cair (afinal sou tricolor, já sofri muito por isso), mas como é que vandalismo vai ajudar ou sequer mesmo vingar a torcida revoltada? Quer chorar? Chora. Quer xingar? Xinga. Mas arrancar cadeiras, bater em PM, destruir o banco de reservas? Para quê?

Nenhuma lógica é capaz de responder a essas perguntas. No entanto, atos parecidos se repetem em eventos esportivos todos os anos, independenemente dos resultados dos jogos! Adoraria ouvir algum psicanalista ou sociólogo explicando esses eventos que para mim continuam sendo grandes e tristes mistérios. Enquanto isso, pagam a conta aqueles que querem apenas apoiar os jogadores que representam as cores e escudos de seus times. Será que assistir a um jogo de futebol ao vivo ou comemorar depois com os amigos no barzinho deve ser um programa de risco?

Frase do dia: “Quem espera sempre alcança” – trecho do hino do Fluminense, que continua na primeira divisão!

PS – Sequei muito, mas não teve jeito. Parabéns à Nação Rubro Negra…

Um comentário:

  1. A psicologia das massas, dizem por aí. A massa não é individual; é coletiva. Se não é o indivíduo que faz, e sim a massa, o indivíduo se sente além da punição. E "ser coletivo" é se aproximar das raízes da alma: por um lado,o bando, a manada. Por outro, a base psíquica insconsciente-coletiva sobre a qual repousa nossa (bem pequena) consciência individual. E por aí vai o blablablá teório. Explica? Talvez. Justifica? De jeito nenhum.
    Eu li em algum lugar uma frase mais ou menos assim: "A primeira vez que o homem respondeu a uma agressão com um insulto, ao invés de um tacape, teve início a civilização". E aqui vamos nós, fazendo tudo ao contrário.

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